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Em troca de voto pela Reforma da Previdência, Governo libera novas emendas parlamentares; gastos totalizam R$ 1,7 bi

Por Thiago Zandoná, redação do Universidade à Esquerda
28 de junho, 2019 Atualizado: 22:39

 

Em seis meses de mandato, o governo Bolsonaro já pagou mais de 1 bilhão 739 milhões de reais em emendas parlamentares no Congresso Nacional. Os recursos pagos são destinados especialmente para ganhar base de apoio entre os parlamentares para aprovar a reforma da previdência, na Câmara dos Deputados.

Nesta quarta-feira (26), o governo iniciou nova liberação de emendas. Vários ministérios abriram lotes extras de emendas a deputados que estivessem de acordo em votar a favor da reforma da previdência.

A compra de votos já havia começado no começo do ano, quando a proposta foi enviado pelo Governo Federal. Com o desenrolar da negociação, outra emissão de emendas se fez necessária.

Segundo a Folha S. Paulo, o acordo é de mais R$ 10 milhões a cada congressista pelo apoio na comissão especial da Câmara, onde atualmente tramita a proposta. Outros R$ 10 milhões serão pagos aos que votarem em prol da proposta no plenário.

A liberação de verba extra foi articulada pelo ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, a fim de garantir maioria qualificada (2/3 dos deputados) para aprová-la no plenário.

A negociação inicial era de R$ 10 milhões por ano, por parlamentar comprado, até o final do governo de Bolsonaro (2022). Com a desconfiança de que o pagamento não seria efetiva após a aprovação da reforma, o governo dobrou o valor da compra de votos e ofereceu R$ 10 milhões por semestre, mas não foi suficiente para alguns representantes dos partidos que estão se aliando.

Por isso, a nova oferta é de R$ 10 milhões imediatamente e mais R$ 10 milhões no momento que estiver sendo votado no plenário.

Alguns partidos, como PP e PR, exigem que o processo burocrático de liberação das verbas esteja completamente concluída para liberar os votos em favor da reforma da previdência. 


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