Notícia
Cresce o desemprego e a precarização do trabalho
13 milhões 177 mil trabalhadores desempregados. Este é o último resultado produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o trimestre de fevereiro, março e abril. O quadro da situação dos trabalhadores brasileiros apresentado na última pesquisa do instituto é muito duro para a classe trabalhadora.
Somado aos 13 milhões de trabalhadores desempregados, encontram-se 15 milhões 195 mil trabalhadores que o instituto classifica como força de trabalho potencial ou subutilizada por insuficiência de horas trabalhadas.
Categoria insuficiência de horas trabalhadas: são aqueles trabalhadores que na semana de referência da pesquisa trabalharam menos de 40 horas em seu único emprego ou no conjunto de seus empregos, gostariam de trabalhar mais horas e que estavam disponíveis para isso. Estes totalizam de acordo com o IBGE 6 milhões e 996 mil trabalhadores.
Categoria força de trabalho potencial: pessoas que não estavam nem ocupadas e nem desocupadas na semana de referência englobando pessoas que realizaram busca por trabalho mas não podiam trabalhar na semana de referência ou que não buscaram mas gostariam de trabalhar. Estes trabalhadores de acordo com o IBGE são 7 milhões e 311 mil.
Juntas estas categorias mais os desempregados somam 28 milhões e 372 mil trabalhadores. Uma massa enorme de desempregados e trabalhadores em condições muito precárias.
A estes se somam 4 milhões e 875 mil trabalhadores desalentados, categoria do IBGE para aqueles que desistiram de procurar emprego, geralmente depois de muitas tentativas sem conseguir. Com esses são mais de 30 milhões em condições duríssimas. E mesmo aqueles empregados enfrentam jornadas extensivas, intensificação do trabalho e baixos salários.
Enquanto isso, os capitalistas continuam se apropriando de massas enormes de recursos. Sinal disso é o rendimento dos altos executivos das grandes empresas. Vejam alguns dos valores os dos executivos mais bem pagos de algumas companhias em 2017:
Tabela produzida pelo jornal da classe dominante Folha de São Paulo
O executivo mais bem pago do Itaú recebeu 3639 salários mínimos por mês. No ano isto seria 43.639 salários mínimos, contando o valor nominal do salário mínimo de2017 que era de R$937,00. São R$ 40.918.000,00 no ano, o que dividido por 12 meses equivale a R$ 3.409.933,33.
É isto que nos reserva a política da burguesia para a crise do capital: garantir seus altos lucros e rendimentos e a precarização mais completa das condições de vida da classe trabalhadora.