Curta, Opinião
Lenin, 151 anos
No dia de hoje, 151 anos atrás, nascia Lenin. Evocar a memória desse grande revolucionário soviético é evocar a força de nossa classe.
Nós temos a alegria de ter produzido na história da nossa classe um dirigente revolucionário da estatura de Lenin. Seu compromisso e atuação na causa do socialismo são para nós um exemplo. Seus embates na construção do movimento revolucionário russo e internacional e na edificação do socialismo nos legaram lições, até hoje, fundamentais.
Seus esforços desde a criação do Partido Operário Social Democrata Russo na construção da revolução russa e internacional, foram gigantescos e envolveram uma vasta produção teórica. Entretanto para Lenin, a teoria nunca foi um fim em si mesmo, mas sempre análise rigorosa da realidade para servir de instrumento para os trabalhadores na construção da revolução socialista. É notório na sua obra esse compromisso revolucionário, desde a capacidade de análise do imperialismo e suas implicações na luta de classes, até os duros combates com as tendências oportunistas e reformistas no seio de nosso movimento.
Num momento de grande crise social como o que vivemos, no qual nossa classe amarga grandes derrotas, retomar seus escritos e compreender suas lutas, além de ser um grande norteador, é a retomada da ideia revolucionária vivida na carne de nossa classe, de que há um outro futuro possível a ser construído.
“De todos os lados, estamos cercados de inimigos, e é preciso marchar quase constantemente debaixo de fogo. Estamos unidos por uma decisão livremente tomada, precisamente a fim de combater o inimigo e não cair no pântano ao lado, cujos habitantes desde o início nos culpam de termos formado um grupo à parte, e preferido o caminho da luta ao caminho da conciliação. Alguns dos nossos gritam: Vamos para o pântano! E quando lhes mostramos a vergonha de tal ato, replicam: Como vocês são atrasados! Não se envergonham de nos negar a liberdade de convidá-los a seguir um caminho melhor! Sim, senhores, são livres não somente para convidar, mas de ir para onde bem lhes aprouver, até para o pântano; achamos, inclusive, que seu lugar verdadeiro é precisamente no pântano, e, na medida de nossas forças,estamos prontos a ajudá-los a transportar para lá os seus lares. Porém, nesse caso, larguem-nos a mão, não nos agarrem e não manchem a grande palavra liberdade, porque também nós somos “livres” para ir aonde nos aprouver, livres para combater não só o pântano, como também aqueles que para lá se dirigem!”(Trecho da obra “Que Fazer? Problemas candentes do nosso movimento” de 1914, publicado e traduzido no Brasil pelas editoras Boitempo e Expressão Popular)