Após deixar mais de 260 palestinos mortos em maio deste ano, o Estado de Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel confirmou o inicio de novos bombardeios na madrugada desta quarta-feira (16). A justificativa para os atentados criminosos permanece a mesma: ataque ao as bases do Hamas, movimento de Resistência Islâmica.
Um porta-voz do Hamas confirmou os atentados e declarou que os palestinos vão continuar a exercer “sua corajosa resistência e defender seus direitos e locais sagrados”.
Ainda não houve informação se tiveram mortos ou feridos. As notícias divulgadas relatam que o bombardeio ocorreu próximo a um povoado no sul da Faixa de Gaza.
O ataque interrompe o acordo de cessar-fogo feito entre palestinos e israelenses em maio. O acordo foi firmado após 11 dias de bombardeio. Segundo estimativas, o massacre matou mais de 260 palestinos deixando quase 2 mil feridos. Entre os israelenses, 13 acabaram mortos.
O cessar-fogo entrou em vigor no dia 21 de maio.
O Exército de Israel disse que atacou bases do Hamas nas cidades de Gaza e Khan Younis, localizada no sul do enclave, e ameaçou estar “pronto para todos os cenários, incluindo novos combates diante da continuidade de atividades terroristas que emanam da Faixa de Gaza”.
Nesta terça-feira (15), nacionalistas judeus realizaram a Marcha das Bandeiras na Cidade Velha de Jerusalém. A marcha se concentrou próximo a Porta de Damasco, que dá acesso ao bairro muçulmano, o que foi condenado por palestinos. Na manifestação, havia gritos de “morte aos árabes”.
Os policiais israelenses bloquearam ruas e lançaram granadas de efeito moral para tentar remover palestinos da rota principal da marcha. Segundo unidades médicas, 33 palestinos ficaram feridos. A polícia afirmou que 17 pessoas foram presas.
Neste domingo (13), Naftali Bennett tomou posse como primeiro-ministro de Israel. Com o bombardeio desta terça-feira (15), ficou claro que não haverá qualquer mudança do Estado de Israel em relação ao massacre ao povo palestino.