Opinião
Instrumentalização da PRF pelo Bolsonarismo deve ser punida

As denúncias sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizadas hoje são gravíssimas. As 560 operações, das quais ao menos 272 foram no Nordeste, produziram tumulto e dificuldades para que grandes contingentes de eleitores pudessem alcançar seus colégios eleitorais.
A situação se torna ainda mais séria em função de dois fatores: a proibição da realização de operações dessa natureza pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ignorada por seu diretor-geral, Silvinei Vasques e a denúncia publicada pelo jornalista Lauro Jardim de que as operações teriam sido traçadas no dia 19/10/22 no Palácio da Alvorada com o núcleo da campanha de Jair Bolsonaro.
O mais absurdo da situação é que ela dá conta da instrumentalização feita pela alta cúpula da PRF, possivelmente seguindo diretrizes do núcleo do Bolsonarismo, do aparelho e do corpo de policiais rodoviários federais. A resposta do ministro do Supremo Tribunal Federal, e presidente do TSE, Alexandre de Moraes foi muito aquém do que a situação exigia. A cúpula da PRF deve ser punida frente a insubordinação e a instrumentalização do órgão. A nota da FENAPRF demonstra que há entre os policiais rodoviários federais aqueles que não compactuam com esse tipo de ação. O povo trabalhador brasileiro não permitirá que a direção geral da PRF e alta cúpula do Bolsonarismo usem do aparelho policial em seu favor.
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