Jornal socialista e independente

Opinião

ERE: desdobramentos futuros de uma política “emergencial” de ensino

A emergência de continuar o semestre deixará emergências às gerações futuras da Universidade

Imagem: mohamed Hassan por Pixabay
Por Flora Gomes, redação do Universidade à Esquerda
25 de novembro, 2020 Atualizado: 10:56

Flora Gomes e Nina Matos – Redação Universidade à Esquerda – 25/11/2020

Estamos em vias de adentrar o último mês de um ano marcado por uma crise profunda, cujos efeitos têm intensificado tendências já em curso em diversos aspectos da vida social. No tocante à universidade, as lutas que vinham ocorrendo nos últimos anos, com o mote central de resistência contra a precarização desta instituição, ganharam novos contornos em 2020.

Além dos conflitos já em curso nos últimos anos — pela recomposição do orçamento, por políticas sérias de permanência estudantil e pela disputa de uma formação de excelência — adentrou no centro do debate o “Ensino Remoto”. Ainda que o Ensino a Distância (EaD) já aparecesse como uma ameaça para as universidades no interior do debate crítico da educação, os efeitos da pandemia forçaram a centralidade dessa pauta.