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Decreto de Doria eleva pressão para retorno presencial das aulas em SP

No pior momento da pandemia, interesses patronais se sobrepõem aos riscos

Imagem Leonrod/ Foto Licenciada
Por Flora Gomes, redação do Universidade à Esquerda
29 de março, 2021 Atualizado: 11:47

Mesmo com a prorrogação da fase emergencial da pandemia no estado de São Paulo, que a princípio se estende até o dia 11 de abril, as escolas poderão ser abertas. Em um decreto publicado no último sábado (26/03) pelo governo estadual, ficou estabelecido que as atividades de ensino das redes pública e privada serão reconhecidas como essenciais. O decreto veio logo após a divulgação,  na última sexta-feira (26), da triste marca dos 1193 óbitos nas últimas 24h apenas no estado, o maior registrado desde o início da pandemia.

Segundo o Decreto n˚65.597/2021, que edita uma medida anterior, “Ficam reconhecidas como essenciais as atividades desenvolvidas no âmbito da rede pública e das instituições privadas de ensino”. Entretanto, o entendimento deste deve levar em conta a medida a qual ele altera. O decreto de n˚45.384, publicado em dezembro de 2020, prevê que “Atendidas as condições previstas neste decreto e não sobrevindo ato fundamentado em sentido contrário de Prefeito Municipal, o Secretário de Estado da Educação poderá autorizar a retomada das aulas e demais atividades presenciais na rede pública estadual e nas instituições privadas de ensino”. Ou seja, mesmo considerando as atividades de ensino presenciais, a decisão fica submetida à decisão das prefeituras.