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Brasil registra nesta quinta-feira 2.915 casos confirmados e 77 mortos; infectados no mundo chega a meio milhão
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de mortes pelo COVID-19 no Brasil subiu para 77 registrando o maior aumento de óbito em apenas um dia (20 mortes). O número de casos confirmados aumentou em 346 registrando um total de 2.915 (aumento de 19,8%).
Hoje completa 28 dias desde que foi confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil. No mesmo período de tempo, 28 dias, a Itália registrou 888 casos confirmados e 21 mortes e a Espanha, 32 casos e nenhuma morte. Atualmente, Itália e Espanha registram juntas 14,3 mil mortes, mais da metade do número de mortes em todo o planeta.
No mundo, o número de casos confirmado ultrapassou a marca de meio milhão. Ao todo, o novo coronavírus já matou 23.054 pessoas.
Outro dado marcante é que a China deixou de ser o país com maior número de casos confirmados. Estados Unidos registrou hoje 82 mil casos; China registrou 81 mil. O governo americano esperava atingir esse número apenas no final de semana. Trump vem emplacando um discurso similar ao de Bolsonaro, de que é a economia não pode parar e que por isso não se pode manter um isolamento social completo.
Dentre o número de mortos, a Itália registra o maior número com 8,2 mil mortes. Espanha registrou 4,1 mil mortes.
No Brasil, o número de pessoas infectadas é maior que o número de casos confirmados. Segundo a Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical (London School of Hygiene and Tropical Medicine), o Brasil detecta, em média, 11% dos casos sintomáticos de Covid-19 — uma pessoa em cada dez que carregam o vírus e demonstram sintomas foi registrada pelo governo. Em contraste, a Coreia do Sul registra em média 83% dos casos devido à estratégia de testar massivamente a população a fim de conter o máximo possível a progressão do vírus.
Com base no estudo e nos dados do Ministério da Saúde, pode-se estimar que há 26.500 casos sintomáticos de coronavírus, dos quais 23.585 não foram identificados.
Segundo a Fiocruz, houve uma explosão de internações por problemas respiratórios no Brasil nas últimas semanas. “É um número dez vezes maior do que a média histórica”, segundo o pesquisador Marcelo Ferreira da Costa Gomes, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Gomes assinala que desse número de internados, nem todas as pessoas hospitalizadas têm sido testadas para a doença.