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José Braga, redação do Universidade à Esquerda
17 de julho, 2020 Atualizado: 12:16
No dia 02/07, o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, decidiu pela não substituição das atividades de ensino presenciais por atividades remotas na Educação Infantil e Básica. A decisão expressa na portaria 1.254/20 explicita que não ocorrerá a substituição por ensino remoto e que quando houver segurança frente a pandemia (diminuição da curva de contágio e da taxa de ocupação de leitos) as horas aulas serão garantidas de forma igualitária a todos estudantes.
No documento a reitoria afirma que a decisão é baseada na problemática material e epistemológica envolvida no ensino remoto. E considera que não é possível manter um ar de normalidade nesse momento:
A ideia da normalidade curricular, anteriormente praticada, é incabível neste período pandêmico e o foco deve residir nos procedimentos da biossegurança dos indivíduos.
Indica ainda que a partir de setembro atividades acadêmicas não curriculares poderão ser realizadas. E que buscarão para isso condições de acesso para todos os estudantes.
A decisão é consonante com a defesa do movimento dos trabalhadores organizados no Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (SINDSCOPE). Os trabalhadores realizaram assembleias on-line em que debateram o ensino-remoto. Eles consideram que o ensino remoto não é adequado pedagogicamente para uma educação de qualidade, implica em precarização, exclusão social e perda de autonomia docente. E ainda criticam os interesses de grandes empresas nesse mercado.