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CNE elabora documento para manutenção do ensino híbrido após pandemia

Maria Helena de Castro do (CNE) confirma lançamento de documento favorável ao ensino híbrido

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil. Edição: UàE
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
18 de novembro, 2021 Atualizado: 09:42

Uma das consequências da adoção do Ensino Remoto no contexto pandêmico foi a aceleração da institucionalização do modelo nas instituições de ensino, incentivada por grandes oligopólios e seus porta vozes. O projeto de hibridização e educação a distância vem sido preparado antes mesmo do contexto pandêmico, mas foi neste momento onde ampliou-se a utilização das tecnologias para a retomada das atividades de ensino por conta do isolamento social. Esses setores se aproveitaram para proliferar seus discursos e análises de que “estamos em um momento de reinvenção da educação” e que “a educação não será mais a mesma, precisa se adaptar à nova realidade”.

Uma das estratégias de intervenção utilizadas para reforçar essa nova política para a educação foi a criação em julho do ano passado de um Aparelho Privado de Hegemonia (APH), como apresentado na coluna de Selma Venco, o qual visa produzir consensos acerca do ensino híbrido com documentos acríticos e com bases para intervir nas políticas para a educação básica de entes federados e de terceirizar a educação e delegar a empresários e empresárias o poder de deliberar sobre a formação de futuros cidadãos e cidadãs. Com o respaldo em uma literatura acrítica e legalismo, aproveitam as brechas para afirmar que é preciso mudar a mentalidade da gestão educacional para se adaptar aos jovens.