Depois do primeiro dia de Breque dos APPs, que ocorreu no dia 01/07, com paralisações por todo o Brasil e inclusive atos em outros países, nova data de paralisação dos entregadores foi definida para 25/07, um sábado, dia em que o movimentos de pedidos costuma ser maior.
A definição do dia da nova paralisação passou por discussões longas com várias datas sugeridas, inicialmente uma enquete teria definido o dia 12, mas a definição final ficou para dia 25. Para a segunda paralisação a previsão é que novamente tenham atividades em diferentes estados.
No perfil “treta no trampo” o chamado para o dia 25 foi divulgado chamando todos para a 2º paralisação dos apps em todo Brasil. E compartilhando as pautas que se mantêm:
1. AUMENTO DO VALOR POR KM;
2. AUMENTO DO VALOR MÍNIMO;
3. FIM DOS BLOQUEIOS INDEVIDOS;
RAPPI: FIM DA PONTUAÇÃO E RESTRIÇÃO DE LOCAL;
SEGURO DE ROUBO, ACIDENTE E VIDA;
Além disso, o perfil também convida os motoristas de aplicativo a se juntarem as mobilizações e divulga algumas mensagens de apoio deste setor:
“Pega a visão: os entregadores de APP já estão se organizando pra um 2º #BrequeDosAPPs em todo o Brasil…e os motoristas de app? Bora se organizar também?”
Há já alguns projetos de lei apresentado na câmara dos deputados prevendo alguma forma de regulamentação para o trabalho por aplicativos, como o PL 3.577/2020, PL 3.597/2020, PL 3594/20, PL 3599/20. Neles há desde previsão de vínculo empregatício e garantia de auxílios como o fornecimento de EPIs pelas empresas durante a vigência da pandemia, além de questões específicas para os entregadores de bicicleta. Entretanto eles não atendem as principais reivindicações da categoria.
Nesta quarta-feira, 08/07, estava prevista para final da manhã reunião dos entregadores, contando com representantes do movimento de diferentes estados, com o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia. O objetivo da reunião é a apresentação das condições de trabalho e das pautas da categoria.
Vários movimentos de apoio e solidariedade ao movimento dos entregadores têm surgido. Há preocupação entre os entregadores de que alguns setores passem a dirigir o movimento ou se oportunizar dele para ganhos políticos eleitorais, além disso, algumas organizações tendem a induzir a diminuição da radicalidades das ações. É importante que a esquerda, movimentos sociais, sindicatos e partidos entendam as reivindicações dos trabalhadores e os condicionantes que determinam toda a flexibilização de leis trabalhistas. Colocar-se ao lado dos trabalhadores nestas lutas é fundamental.