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Opinião

Agenda de reformas é o que une Bolsonaro e o Congresso

Por Clara Fernandez, redação do Universidade à Esquerda
28 de julho, 2020 Atualizado: 23:26

Um cenário de trégua tem se apresentado nas principais tensões entre os representantes dos interesses das classes dominantes na política nacional. Bolsonaro, STF e Congresso, que nos últimos meses vem medindo forças entre ameaças de golpe e de descontinuidade do governo, parecem ter freado os ânimos na queda de braço vigente no país. 

É preciso levar em consideração que uma série de elementos parece ter desbancado as condições de Bolsonaro levar sua empreitada golpista adiante, pelo menos nesse momento: perdas de alguns de seus principais ministros em setores como justiça, saúde e educação; operações policiais em torno do inquérito das fake news, com investigação e prisões preventivas de figuras como Sara Winter e outros responsáveis pelas redes de agitação da base Bolsonarista; e a prisão de Queiroz, investigado por esquemas de rachadinha nos gabinetes parlamentares dos filhos do presidente. Entretanto, não se trata apenas disso.