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A mobilização contra a reforma da previdência continua na França com novo dia de greve geral dia 6 de abril

Confira detalhes dos dois últimos dias de mobilização

Foto retirada do Twitter Alsace Révoltée.
Por Morgana Martins, redação do Universidade à Esquerda
29 de março, 2023 11:10

Nos dias 23 e 28 de março, dois dias de greve geral ocorreram na França contra a reforma da previdência. Um novo dia de mobilização está sendo chamado para ocorrer no dia 6 de abril em todo o país.

Leia também: Dia 23 de março será novo dia de greve geral e nacional na França após Macron aprovar reforma da previdência por decreto

No dia 23 de março, 9º dia de greve geral, os manifestantes foram bastante numerosos, após um discurso do Presidente da República, Emmanuel Macron, desaprovado por 70% dos franceses segundo pesquisas. Já no dia 28 de março, a mobilização foi menor, com 2 milhões de manifestantes em toda a França, de acordo com a CGT, e 740.000 de acordo com os números do Ministério do Interior.

Como foi a greve do dia 23 de março, quinta-feira?

De acordo com o FSU-SNUipp, principal sindicato do ensino infantil e fundamental, cerca de 40% dos professores entraram em greve e segundo o FSU-SNES, principal sindicato do ensino médio, cerca de 50% dos professores e outros funcionários da educação estavam em greve na quinta-feira. Em contrapartida, segundo o Ministério da Educação, o nono dia de ação contra a reforma previdenciária resultou numa taxa de 21,41% de professores grevistas, incluindo 23,22% nas escolas primárias e 19,61% nas escolas secundárias (colégios e liceus).

Manifestantes da CGT Roissy Charles de Gaulle (CDG) bloquearam a estrada que leva ao terminal 1 do aeroporto Paris-CDG. Alguns viajantes foram forçados a caminhar até o aeroporto.

Pouco mais de um em cada seis (15,5%) funcionários públicos estavam em greve ao meio-dia na quinta-feira no serviço público estadual para o nono dia de mobilização contra a reforma previdenciária, de acordo com o Ministério do Serviço Público. 

A taxa aproximada de grevistas atingiu 25% na quinta-feira ao meio-dia na SNCF, empresa pública de transporte, para o nono dia de mobilização contra a reforma previdenciária. Os sindicatos da SNCF vêm realizando paralisações no transporte  desde 7 de março.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou que 3,5 milhões de manifestantes marcharam na França na quinta-feira.

Confira um registro da manifestação em Paris: 

Como foi a greve do dia 28 de março, terça-feira?

A taxa provisória de grevistas atingiu 16,5% ao meio-dia de terça-feira na SNCF, de acordo com a fonte sindical, que representou uma queda na mobilização em comparação com os anteriores. A RATP reduziu o tráfego na maioria das linhas de metrô. Na região parisiense, o tráfego também continua perturbado com 40% a 60% dos trens cancelados, dependendo da linha.

Na terça-feira pela manhã, cerca de 15% dos postos de gasolina na França tinham falta de pelo menos um combustível (gasolina e/ou diesel) de acordo com dados públicos analisados pela Agência France-Presse (AFP). 6,89% dos postos estavam sem combustível.

A Electricité de France (EDF) teve 21,5% dos trabalhadores em greve, contra 25,3% no dia 23 de março.

Segundo o Ministério da Educação, cerca de 8% dos professores estavam em greve. Por sua vez, o FNU-SNES estimou uma taxa de 30% de grevistas no ensino médio.

No dia 28 também foi anunciado pela CGT do setor de resíduos e saneamento que a greve dos trabalhadores da coleta de lixo e o bloqueio dos incineradores seria encerrada a partir do dia 29 de março. O volume de resíduos acumulados chegou a 10 mil toneladas em três unidades de incineração que estavam em greve.

Confira alguns registros da repressão policial nas manifestações:


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