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A alta evasão escolar no Brasil

Por Morgana Martins, redação do Universidade à Esquerda
05 de outubro, 2022 10:03

Dados do relatório Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgados nesta segunda-feira (3), indicam que o Brasil é o segundo país com a maior proporção de jovens (35,9%), com idade entre 18 e 24 anos, que não continuaram os estudos e estão desempregados.

O Brasil fica atrás da África do Sul, com 46,2% da população na situação indicada acima. A proporção brasileira é o dobro da média de 16,6% dos países-membros da OCDE. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a maior parte das informações utilizadas como base sobre o Brasil são de 2020 e 2021 (os anos de pandemia do Covid-19) e os dados financeiros de 2019. 

Em outra pesquisa intitulada “Educação brasileira em 2022- a voz de adolescentes” realizada pelo Ipec a pedido da UNICEF, realizada com crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos, aponta que 17% dos estudantes das classes D/E abandonaram a escola durante a pandemia e não retornaram. 

Entre aqueles que evadiram, 48% afirmaram que foi pela necessidade de trabalhar, 30% porque não conseguiram acompanhar as aulas. Confira todos os motivos:

No total, 89% estão frequentando aulas em uma escola do Ensino Fundamental ou Médio e 11% não estão frequentando a escola, cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes; 99% estavam frequentando escolas públicas.

A pesquisa também indica que 21% dos estudantes que frequentam a escola pensaram em desistir nos últimos três meses (considerando agosto, mês da realização da pesquisa): 50% por não conseguir acompanhar as explicações e atividades passadas pelos professores, 38% porque sente que a escola é desinteressante, 25% porque tem que trabalhar fora, entre outros. 

No Espírito Santo, segundo a Secretaria de Educação (Sedu), cerca de 18 mil estudantes do Ensino Médio não realizaram a rematrícula nas escolas estaduais, de 2021 para 2022.


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