Petrobras, ferrovias, aeroportos e energia: avança a agenda de privatizações de Bolsonaro e Guedes

Bolsonaro e Paulo Guedes tem colocado em marcha sua agenda de privatizações. Em um evento nos Estados Unidos, Guedes proclamou:

“Discretamente, sem fazer barulho, já vendemos U$12bilhões”

O governo está encaminhando a todo vapor as privatizações e concessões de setores estratégicos da economia nacional, um patrimônio construído com o suor do lombo da classe trabalhadora. Esta política que aprofunda decididamente as privatizações em curso desde os anos 90, tem um papel fundamental no projeto de sociedade proposto por Guedes e Bolsonaro – a produção de uma grande catástrofe social.

Confira algumas das privatizações que já aconteceram ou que estão por vir:

Petrobrás: em 26 de abril a Petrobrás comunicou vai lançar uma nova rodada de venda de ativos. Serão vendidas 8 refinarias de 13 que a empresa possui. Além da venda de parte de sua participação na propriedade da BR distribuidora e a venda da rede de postos que a companhia mantém no Uruguai.

As refinarias que serão têm juntas a capacidade de refino de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia. São elas: Refinaria Abreu e Lima; Unidade de Industrialização do Xisto; Refinaria Landulpho Alves; Refinaria Gabriel Passos; Refinaria Presidente Getúlio Vargas; Refinaria Alberto Pasqualini; Refinaria Isaac Sabiá; e Lubrificantes  e Derivados do Petróleo do Nordeste.

Ferrovia: No dia 28 de março Bolsonaro leiloou o trecho central da ferrovia norte-sul. A ferrovia liga Palmas, Tocantins, a cidade Estrela D’Oeste em São Paulo e liga-se aos trechos norte e sul conectando o porto de Itaqui no Maranhão ao porto de Santos em São Paulo.

A vencedora do leilão foi a empresa Rumo, do grupo Cosan com um lance de R$2,7 bilhões. A concessão terá a duração de 30 anos. Podendo ocorrer renovação.

Aeroportos: Em 15 de março Bolsonaro e Guedes leiloaram 12 aeroportos brasileiros. Os aeroportos foram concedidos às empresas por 30 anos.

Foram leiloados os seguintes aeroportos:Vitória e Macaé no sudeste; Alta Floresta, Sinop, Rondonópolis e Cuiabá no centro-oeste; e Juazeiro do Norte, Campina Grande, João Pessoa, Maceió, Aracaju e Recife no nordeste.
O leilão ocorreu na bolsa de valores de São Paulo e os aeroportos foram concedidos em blocos por região. O bloco do nordeste foi concedido a empresa espanhola Aena, o bloco do centro-oeste pelo consórcio Aeroeste, formada pelas empresas Socicam e Snart, e o bloco do sudeste pela empresa suíça Zurich.

Energia: o Ministério de Minas e Energia definiu o cronograma de leilões para compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos. São leilões previstos entre 2019 e 2021.

A portaria nº151 de 1º de março deste ano estabelece o calendário para leilões de energia nova “A-4” e a “A-6” que indicam o período esperado para que às usinas comecem a produzir energia (4 e 6 anos). Com isso, o governo define a construção de novas usinas pelos próximos 18 anos.

Em 2019 os leilões ocorrem em 27 de junho (para usinas A-4) e em 26 de setembro (A-6). Em 2020, 23 de abril e 24 de setembro. E em 2021 em 29 de abril e 30 de setembro.