Opinião
Em defesa da reestatização da Eletrobras, eletricitários realizam ato em frente ao Ministério de Minas e Energia
Nossas fichas têm que ser apostadas na organização da classe, e não no Estado!
Na data de ontem, quarta (15), o Coletivo Nacional do Eletricitário (CNE) realizou uma manifestação pela reestatização da Eletrobras no Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília. Segundo divulgado pelo CNE, além de trabalhadores da própria Eletrobras, o ato contou com a presença de movimentos populares da classe trabalhadora, entidades sindicais e parlamentares.
O coletivo visa manifestar a indignação contra aqueles que participaram da privatização da empresa estatal e que foram nomeadas ao MME pelo governo de Jair Bolsonaro (2018-2022). O CNE afirma que “é inadmissível que o MME permaneça sob a gestão bolsonarista de Alexandre Silveira”, Silveira foi nomeado Ministro pelo governo Lula, e vem nomeando sujeitos que atuaram a favor da privatização. Afirmam também que reverter a privatização depende fundamentalmente da participação e mobilização social.
Outro foco do movimento é cobrar o compromisso firmado pelo governo de Lula (2023-2027) de recuperar a Eletrobras como patrimônio nacional. Ainda, o CNE apoia as declarações públicas do atual presidente que adjetivou a privatização como “errática, crime de lesa-pátria e bandidagem”.
A mobilização e organização dos trabalhadores é crucial para reverter retrocessos, não só do governo de Bolsonaro, mas de todos antecessores que desde a Nova República vêm atacando os brasileiros. Trabalhadores que dia após dia sentem na pele efeitos dessas políticas de privatização, de retirada de direitos, de diminuição de investimentos nas áreas essenciais e estratégicas e tantas outras violências.
Nossas fichas, porém, têm que ser apostadas na organização da classe, mais do que em qualquer declarações de chefes de estado e no próprio Estado em si.
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