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Taxa de trabalho informal cresce, renda despenca

Crescimento de vagas se deve mais ao emprego sem carteira e ao trabalho por conta própria

Montagem: UàE
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
25 de outubro, 2021 Atualizado: 14:10

Com os números de desemprego e inflação chegando a níveis recordes, o aumento da taxa de empregos informais dobrou seu índice comparado com os últimos cinco anos. Em 2020, dos 142 mil postos de trabalho abertos no Brasil, metade foi referente a empregos sob contratos intermitentes. Atualmente, do total dos 89 milhões de trabalhadores, 36,3 milhões são informais segundo dados do IBGE. Esse número representa que hoje, a cada 10 ocupados 4 estão em uma situação informal de trabalho.

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Ao mesmo tempo, como o próprio trabalho formal vem sofrendo inúmeros impactos através da retirada de direitos e reformas realizada pela burguesia, atingindo o próprio funcionalismo público, que atualmente se depara com o processo da reforma administrativa a nível nacional. E junto com o pacote dessas “reformas” a aprovação da Medida Provisória 1045/2021, para a juventude entre 18 e 29 anos estabelece um novo regime de contratação com enfraquecimento dos vínculos trabalhistas sob a justificativa imediata de flexibilizar as formas de contratos em tempos de pandemia.

As diferenças são pouco significativas entre o contrato intermitente e a própria informalidade no fim das contas, pois esse modelo de contrato abre o caminho para que grandes empresas possam manipular as jornadas de trabalho segundo seus próprios critérios.

Com condições cada vez mais miseráveis de vida, pagando caro por moradia, comida e gasolina, os trabalhadores estão cada vez mais submetidos a vulnerabilidade, sem nenhuma proteção trabalhista, por conta dos ajustes que a própria burguesia realiza há muito tempo no campo de trabalho, entregando os custos das crises e seus desdobramentos para a classe trabalhadora pagar.