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Empresariado no curso de Design da UFSC: “não existe fim de semana, feriado ou folga”

Estudantes denunciam a formação rebaixada do curso em seu vinculo com a iniciativa privada

Imagem: Faixa produzida pelos estudantes de Design da UFSC nas manifestações de 2019. Foto: Centro Acadêmico de Design e Design de Produto/Reprodução.
Por Caroline Custódio, redação do Universidade à Esquerda
30 de junho, 2021 Atualizado: 10:06

Os estudantes do curso de Design da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vêm vivenciando, há anos, as consequências de parcerias íntimas com empresas privadas. A consequência para a formação acadêmica é de um currículo extremamente atrelado à formação para o mercado de trabalho.

Nesta semana, o UFSC à Esquerda conversou com estudantes e representantes do Centro Acadêmico de Design e Design de Produto (CADe) para compreender melhor a situação e trazê-la ao debate público e político.

Os estudantes relataram que a parceria com empresas privadas no curso não é de hoje, mas que houve um aumento na sobrecarga de trabalhos durante o período de ensino remoto. Devido aos semestres reduzidos e falta de diálogo com o corpo docente, o problema se potencializou.

Nas últimas semanas, circulou pelas redes sociais denúncias de estudantes indignados com a intensificação da lógica empresarial no curso. Os estudantes denunciaram o uso de alunos como mão de obra gratuita para empresas em convênio com o curso.

“Temos metas a serem conquistas”, explicou um professor a estudantes em um grupo de WhatsApp. Segundo o docente, naquele projeto em vínculo com uma empresa “não existe fim de semana, feriado ou folga”.