O ANDES-SN publicou, nesta quinta-feira (1), o dossiê intitulado “Militarização do governo Bolsonaro e intervenção nas Instituições Federais de Ensino”. O material, organizado pelas docentes Eblin Farage e Kátia Lima, traz um mapeamento da presença de militares na composição do governo federal desde o início da gestão, até fevereiro de 2021.
Na introdução, vemos que o material apresenta “um conjunto de dados e reflexões sobre o crítico momento que vivemos no Brasil. Ainda que não se trate de um golpe empresarial militar como ocorreu em 1964, o golpe de 2016 abriu a antessala para o avanço de um intenso processo autoritário, seja pela militarização do Estado – com a ocupação de cargos estratégicos por militares e a incorporação de militares às escolas públicas, ou ainda, pela intervenção do Governo Bolsonaro nas Instituições Federais de Ensino/IFE”.
Os dados elaborados e examinados apresentam que atualmente os militares controlam oito dos 22 ministérios, além de outras áreas estratégicas do serviço público federal e de estatais. Confira mais detalhes na tabela a seguir:
A militarização do Estado brasileiro, segundo o documento, teve uma escalada autoritária conduzida pelo Governo Bolsonaro, conduzindo a “uma nova fase da contrarreforma do Estado, realizando a militarização do primeiro escalão de estatais, órgãos estratégicos de governo e das áreas da Saúde e Socioambiental”. Essa escalada envolve também a Educação Básica e a Superior. Outros dois pontos discutidos no dossiê.
Uma sistematização como essa é de extrema importância para aqueles que visam ter uma visão mais ampla e afinada da conjuntura, podendo, assim, estar à altura das respostas que a mesma exige.