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Pressões sobre Orçamento de 2021 seguem em pauta

Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) e parlamentares na bancada em reunião sobre o Orçamento de 2021.
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado. Edição: UàE
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
02 de abril, 2021 Atualizado: 11:35

O Orçamento de 2021, aprovado pelo Congresso Nacional na quinta-feira (25/03), com um atraso de quase três meses, está sendo discutido por sua contrariedade à regra do teto de gastos públicos e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Sem recursos suficientes para despesas obrigatórias, que são demandadas por leis ou pela Constituição, o novo orçamento coloca em risco o funcionamento da máquina pública. Da forma como o orçamento está planejado, caso sancionado como foi aprovado, o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os técnicos do governo que assinam as liberações orçamentárias estarão cometendo crime de responsabilidade fiscal.

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Os problemas identificados no Orçamento de 2021, que desconsideraram a inflação atualizada nas contas e cortaram gastos obrigatórios para privilegiar emendas parlamentares, foram questionados pela equipe econômica do governo e por parlamentares.

Foram cortados R$ 26,5 bilhões de gastos obrigatórios – que incluem cortes na previdência (R$13,5 bilhões) e abono salarial (R$7,4 bilhões) por exemplo – para criar espaço para emendas próprias. Nesta quarta-feira (31/03), o relator do Orçamento de 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro para informar que pretende cancelar R$ 10 bilhões de suas emendas assim que o projeto for sancionado, corte que não é suficiente para garantir as despesas obrigatórias estimadas.