Em assembleia virtual convocada pela APP-Sindicato no dia 23/01 foi aprovada greve geral dos docentes e funcionários do Ensino Básico e Médio da rede pública de ensino do Estado do Paraná a partir do dia 18 de fevereiro. O espaço contou com a participação de 1.100 trabalhadoras e trabalhadores.
A convocação foi realizada após o governador Ratinho Júnior (PSD) assinar o decreto nº 6.637 autorizando escolas estaduais públicas e privadas, entidades conveniadas com o Estado e Universidades públicas a retomarem as aulas presenciais. De acordo com a APP-Sindicato, a medida de retorno às aulas em meio à pandemia não foi debatida com a categoria ou comunidade escolar.
Além de aprovada a greve geral, a campanha salarial com o mote “Educadores(as) em defesa da vida, da escola pública, do emprego e dos direitos” tem como principais pautas: o direito de vacinação para todas e todos, revogação da lei que permite a terceirização de servidores, retorno das aulas presenciais somente com a garantia de vacinação e condições sanitárias das escolas adequadas.
O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, afirma a necessidade de construir debates com a comunidade neste momento e defende a construção de “uma greve forte, com a unidade de Professores(as) e Funcionários(as) para que o governo cesse os ataques à categoria e reabra os canais de diálogo”.
As decisões do governador Ratinho de retomada das aulas de forma presencial durante a pandemia da Covid-19 bem como outros dos projetos de seu governo tais como terceirização de funcionários(as), suspensão da reposição salarial do acordo da greve de 2015, congelamento de carreiras e implementação de escolas militares por todo o Paraná tem sido repudiadas pelos professores que ressaltam o descaso com as vidas e com a saúde das e dos paranaenses, expondo-os aos perigos da contaminação e dos aumentos de casos e mortes.
Ano passado os professores da rede estadual de ensino do Paraná também aprovaram uma greve geral em assembleia virtual (12/09/20) contra o retorno às atividades presenciais nas escolas públicas do Estado. Na época, a medida foi apresentada de forma preventiva, caso o governo do Paraná insistisse em retomar as aulas presenciais no ano letivo de 2020.
Hoje, com a retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), docentes da APP-Sindicato participaram de uma mobilização nesta segunda-feira (01/02) para denunciar os ataques do governo de Ratinho e pedir apoio às suas pautas de garantia da vida, saúde e empregos dos(as) trabalhadores(as) da Educação.