Jornal socialista e independente

Nora Krawczyk

É professora doutora da Faculdade de Educação da Unicamp e membro do Grupo de Pesquisa em Politica Educacional, Educação e Sociedade (GPPES). Doutora em Educação pela Unicamp e realizou um pós doutorado na Maryland University (EUA). É pesquisadora do CNPq. Foi coordenadora do Programa de Centros Associados entre Flacso/Argentina; Universidad de la Plata/Argentina e Faculdade de Educação/Unicamp. Atualmente é representante da Pós graduação em Educação/Unicamp na Rede Latino-americana de Metodologia em Ciências Sociais. Mantém um blog. E-mail: [email protected]

As falácias da Educação a Distância se alastram com (e como) o Covid19

14 de outubro, 2020 Atualizado: 20:42

Texto publicado também no portal Carta Maior em 31/05/2020

Com a suspensão de aulas presenciais por conta da atual pandemia, voltam com força redobrada as pressões pela implantação da Educação a Distância (EAD). As mentiras e falácias sobre esse tema se multiplicam. Aqui algumas delas.

Falácia 1: Misturar situações de exceção com proposta político educacional

De março até hoje estamos numa emergência. Pensávamos que ia durar um tempo limitado e curto. Frente à falta de recursos materiais (das famílias, das escolas e dos professores), de recursos humanos e emocionais e de formação tanto das famílias quanto dos professores e alunos para o ensino remoto, colocou-se a possibilidade de suspensão das aulas até a volta à normalidade. Esta posição foi e continua sendo defendida especialmente em universidades públicas e, dentro delas, particularmente nas faculdades de sociais e humanas. Argumentávamos que seria menos danoso não dar aulas por uns poucos meses do que as ministrar nas condições atuais. Além do que, essas aulas não dadas poderiam ser recuperadas com uma readequação do calendário assim que pudéssemos voltar às aulas presenciais. Isso não invalidava a possibilidade de continuar mantendo contato com os estudantes para acompanhar o que lhes estava acontecendo e apoia-os nesse momento difícil.

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