Jornal socialista e independente

Notícia

Julgamento de extradição de Assange é retomado no Reino Unido

Em caso de perda de Assange, todo o jornalismo perde também.

Foto: Julian Assange, fundador do WikiLeaks, durante uma coletiva de imprensa; Londres, 2014; por David G. Silvers, Cancillería del Ecuador
Por Maria Alice de Carvalho, redação do Universidade à Esquerda
14 de setembro, 2020 Atualizado: 21:39

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, corre o risco de ser extraditado para os Estado Unidos e chegar a pagar por no mínimo 175 anos de prisão.

O jornalista Assange havia sido preso pela polícia britânica em abril de 2019, dentro da embaixada equatoriana em Londres. Essa prisão ocorreu após o presidente do Equador, Lenín Moreno, retirar o asilo político que garantia a segurança de Assange. A embaixada teria convidado a entrada dos policiais britânicos que efetuaram a prisão. A polícia britânica informou que foi chamada pelo próprio embaixador.

Assange estava em asilo político na embaixada há quase sete anos. Em 2010 ele foi preso e liberado mediante a fiança na Inglaterra, entretanto, temendo a extradição para os EUA, pediu asilo à embaixada equatoriana. O asilo foi concedido pelo na época presidente Rafael Correa.

Assange fundou, em 2006, o WikiLeaks, o qual tornou público em 2010 importantes documentos que revelavam crimes de guerra e atrocidades cometidas pelo exército norte-americano nas invasões ao Iraque e ao Afeganistão, ao publicar uma série de provas vazadas por Chelsea Manning, analista de inteligência do Exército dos EUA. As informações vazadas mostraram assassinatos de civis e jornalistas durante a guerra no oriente médio, além de infiltrações políticas dos EUA em diversos países.