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Hoje às 18h! Debate com Selma Venco sobre a Reforma Administrativa

Divulgação EFOP
Divulgação EFOP
Por Mariana Nascimento, redação do Universidade à Esquerda
17 de agosto, 2021 Atualizado: 12:32

Às 18h de hoje (17/08), a Escola de Formação Política da Classe Trabalhadora (EFoP) realizará o debate: “Por que a Reforma Administrativa é um ataque a todos os trabalhadores?”, com a professora doutora Selma Borghi Venco, da Faculdade de Educação da Unicamp no Departamento de Políticas, Administração e Sistemas Educacionais (DEPASE). Selma Venco tem se dedicado desde 2010 a pesquisar sobre A Nova Gestão Pública e as relações de trabalho praticadas no setor público educacional paulista, atualmente desenvolve estudo comparativo Brasil-França sobre o tema. É pesquisadora associada do Centre de Recherches Sociologiques et Politiques de Paris (CRESPPA) e Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional (GREPPE). Selma Venco também é colunista em nosso jornal, Universidade à Esquerda

Nos últimos dias, nosso jornal publicou uma série de textos para chamar a atenção dos leitores para a temática, confira também o vídeo de divulgação do debate. Nos textos, procuramos dar cobertura à aspectos centrais que serão atingidos pela Reforma Administrativa, por exemplo, a importância da função pública onde foi realizado um breve resgate sobre como entendemos a função pública em diferentes contextos históricos do Brasil até a atualidade e como as alterações impactam na garantia de direitos de toda a população. Também fora abordado sobre a flexibilização e os desafios para a organização dos trabalhadores que trata sobre a extinção do Regime Jurídico Único e as novas modalidades previstas no texto da PEC32/2020, as quais reorientam o sentido dos serviços públicos que conhecemos atualmente e o aproxima da lógica privada. 

Outro aspecto que tem um peso importante são os interesses da burguesia interna veiculados pela grande mídia e o papel que estas vieram cumprindo nas últimas grandes reformas como a Emenda Constitucional 95 (2016), a Reforma Trabalhista (2017), Reforma da Previdência (2019) e a Reforma Tributária (2021). Todas essas alterações mostram que há uma reforma totalizante em curso nas relações de trabalho e produção hoje no Brasil, e a Reforma Administrativa não está deslocada desse contexto. Ainda foi debatido sobre o discurso dos privilégios sobre os adicionais e gratificações salariais e ao que serve a fragmentação dos salários que, em momentos de crise, são amplamente afetados e reajustados. 

Por último, na coluna de Allan Kenji em nosso jornal, foi publicado um último texto preparatório ao debate em colaboração com Renato Milis. Tratando sobre a agenda operada pela classe dominante que vem devastando direitos e fazendo ajustes sucessivos após a crise de 2007/2008, além de debater sobre como o discurso da ineficiência dos serviços públicos é operada em conjunto com uma política de desmonte que os precariza e retira a autonomia dos servidores para dar resolutividade às questões do povo, uma vez que reformas estruturantes não são operadas por eles, mas sim para ajustar o público à interesses privados. 

Certamente a Reforma Administrativa tem outros pontos muito polêmicos e que, se aprovada, trarão consequências não somente aos trabalhadores dos serviços públicos, mas para o conjunto da classe trabalhadora, por isso os ajustes feitos nas relações de trabalho, operadas pela burguesia, devem ser ferrenhamente combatidos. Visando contribuir para a crítica desse complicado e decisivo capítulo em nossa conjuntura, hoje a Escola de Formação Política da Classe Trabalhadora – Vânia Bambirra realizará a mesa de debate com a professora Selma Venco, faça sua inscrição pelo site. 

Dia 18 de agosto, amanhã, é dia de Greve Nacional dos servidores públicos.


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